
Durante
a reunião que ocorreu no final do dia desta ultima terça-feira, 28/01, após os indígenas invadirem o Prédio da
SEFA, na busca de diálogo com o governador. Hélder Barbalho teve uma
postura intransigente para com os indígenas, e durante o ato da reunião,
proibiu o uso de aparelhos celulares e de repórteres. Ainda segundo os indígenas,
o governador recebeu as lideranças sob forte intimidação policial. Como se
fossem criminosos da mais alta periculosidade.
Ainda
de acordo com relatos dos indígenas que participaram da reunião. Eles (indígenas)
foram obrigados a adentrar no palácio dos despachos onde ocorreu a reunião sob escolta armada do
choque da PM. E, após tratá-los indignamente, Helder Barbalho proibiu qualquer
utilização de aparelho celular na reunião. Para barrar o registro de suas falas
contra os indígenas e a educação pública do Pará.
Na
reunião estava presente um grupo de 40 lideranças indígenas da SEDUC-Pa que, do
início ao fim, teve clima tenso e difícil. Onde, o governador tentou dividir o
movimento e ludibriar os indígenas com proposta de atender apenas algumas
comunidades indígenas com uma lei específica.
As
lideranças indígenas não aceitaram o acordo, porque querem a saída imediata de
Rossieli Soares -Secretário de Educação do Estado, e a revogação total e
imediata da lei 10.820/24, que prejudica de forma arbitraria toda a classe.
Por
fim, a Lei 10.820 ameaça reduzir o financiamento destinado à educação indígena.
Essa diminuição ignora as necessidades específicas dessas comunidades, que
requerem recursos adicionais para garantir uma educação de qualidade que
respeite e promova suas particularidades culturais.
É
importante ressaltar que o direito de manifestação é um pilar fundamental de
qualquer sociedade democrática. As comunidades indígenas, ao ocuparem a Seduc
em Belém, exercem seu legítimo direito de protestar contra políticas que
ameaçam sua cultura e autonomia.
Desta
forma, Helder Barbalho não cedeu a essas demandas e o impasse permanece, como
também a ocupação indígena da SEDUC-Pa permanecerá.
Helder Barbalho só irá ceder se o movimento ganhar visibilidade nacional e internacional, colocando em risco a COP30 e sua futura candidatura para senador. Assim como, de seu apadrinhado para a eleição de 2026 ao governo.
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