Ticker

6/recent/ticker-posts

MPPA: Justiça estadual do Pará suspende licenciamento da mineradora Belo Sun. Confira aqui!

Decisão veio da Justiça de Altamira em suspendeu licenciamento do projeto de exploração de ouro na Volta Grande do Xingu.

Projeto de extração de ouro na volta grande do Xingu da Mineradora Canadense e um dos maiores do país e assusta ambientalistas.

A mineradora canadense Belo Sun, possui projeto para instalar a maior mina de ouro a céu aberto do Brasil, na Volta Grande do Xingu (PA), a mineradora vem brigando na justiça pela licença de operação já há alguns anos.

Durante está última semana na terça-feira (24/05), a empresa Mineradora sofreu nova derrota na justiça: o licenciamento ambiental do empreendimento foi novamente suspenso, desta vez em julgamento de 1ª instância da Justiça Estadual em Altamira.

A decisão se refere a uma Ação Civil Pública (ACP) movida pela Defensoria Pública do Estado do Pará (DPE), que apontou a ilegalidade do licenciamento pela ausência de estudos sobre os impactos socioambientais que podem afetar as comunidades ribeirinhas da região e pela ausência de consulta livre, prévia e informada.

A Cerimônia de abertura aconteceu nesta sexta-feira 27/05, na sede da Secretaria Municipal da Gestão do Meio Ambiente (SEMMA).

Na decisão liminar proferida na última terça-feira (24), o juiz  Antônio Fernando de Carvalho Vilar determinou: 

“A suspensão dos efeitos do licenciamento ambiental n° 2012/5028 e 2015/5340, da empresa Belo Sun Mineração Ltda, que tramita na Secretaria de Estado e Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), até que seja realizado estudo socioambiental dos povos ribeirinhos, na distância mínima de 10 km do empreendimento, nas duas margens do rio Xingu, bem como a consulta prévia, livre e informada e o consentimento dos povos ribeirinhos, pelo Estado do Pará, conforme previsto no artigo 6°, da Convenção n. 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).” Decretou o Juiz Antônio Fernando.

Ainda segundo o juiz, a consulta prévia “deve se apresentar como um permanente canal de diálogo com as populações tradicionais atingidas por grandes empreendimentos como o dos autos”, devendo ser “ampla e pautada na boa-fé, facultando aos atingidos consentir ou não com a implementação do empreendimento, estar presente nas tomadas de decisões e que suas manifestações e interesses sejam levados em consideração por parte da autoridade estatal”. 

Além disso, a decisão fixou multa diária de R$ 100 mil, para o caso de descumprimento, sem prejuízo de eventual responsabilização criminal dos envolvidos, e determinou a realização de inspeção judicial e perícia antropológica.

Ações

Esta é a segunda ação que atualmente mantém suspenso o licenciamento de Belo Sun. Em 25/4, o Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1) manteve outra decisão, de 2017, em ACP movida pelo Ministério Público Federal, até que a empresa apresentasse os estudos de impacto ambiental sobre os povos indígenas e fosse feita a consulta livre, prévia e informada dessas populações da Volta Grande, de acordo com a Convenção 169 da OIT.  

As ameaças de impactos graves sobre as comunidades no entorno do projeto geraram ainda outras ações, que seguem tramitando na Justiça. Uma pede a anulação do Contrato de Concessão de Uso n.º 1.224/2021, firmado entre o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a Belo Sun, pelo qual o INCRA passou para a mineradora 21 lotes do Projeto de Assentamento (PA) Ressaca, em troca de participação do órgão público nos lucros das atividades minerárias. A outra ação, contra a União e o Incra, exige a regularização fundiária e a titulação das propriedades das mais de 200 famílias da Vila Ressaca, local onde Belo Sun pretende se instalar.

Empregos

Belo Sun promete gerar centenas de emprego direto na região na faze de operação e outros de forma indireta, prometendo também contribuir com o desenvolvimento através da geração de emprego e desenvolvimento através das condicionantes processos mitigatórios atribuídos pelos grandes projetos.


Por: Portal Pérola do Xingu | Infor: racismoambiental.net.br

Postar um comentário

0 Comentários