A reunião aconteceu na tarde da quarta-feira (10), no gabinete do prefeito e marcou o retorno das conversas e tratativas para que Altamira e toda a sua população possa contar com os serviços e obras que acabaram parados por falta de diálogo. O objetivo principal é que a parceria volte a funcionar e beneficiar toda a população.
O prefeito Claudomiro Gomes falou sobre o fato de a população ter vivido anos sendo jogada entre a antiga gestão e a empresa, sobre assuntos relativos ao município sem saber de quem é a responsabilidade.
“É importante estabelecer esse diálogo e gostaria de dizer que por parte da prefeitura, institucionalmente nós temos todo o interesse em firmar essa parceria de alto nível, até porque nós prometemos para a população. Ressalto que resolver os problemas da cidade, é o papel do prefeito”.
Durante a reunião alguns assuntos foram debatidos, entre eles, as
ligações irregulares da população ao sistema de água. Priscilla Couto é a
engenheira responsável pela Companhia de Saneamento de Altamira, Cosalt e
durante a reunião apresentou o maior problema encontrado atualmente na gestão:
a dificuldade encontrada em fazer as ligações ao sistema.
“Estamos com um problema sério, identificamos muitos imóveis sem que todas as fases de instalação do sistema fossem realizadas. Você manda a equipe no local e ao chegar, vê que um processo foi feito, mas outro não. Temos um gasto mensal alto e precisamos dessa conversa com a empresa para buscar soluções”.
O Secretário de Viação, Obras, Infraestrutura e Mobilidade Urbana Seovi, Sergio Mota que também participou da reunião, comentou sobre a dificuldade encontrada pela Cosalt e a necessidade de se fazer um trabalho em conjunto.
“São muitos casos em que as pessoas vêm querendo ligar a casa ao sistema de saneamento, mas não tem água porque o processo não foi concluído. Nós temos um problema grande na mão e nós precisamos trabalhar juntos. A gente tem interesse em buscar soluções e em fazer parceria. Podemos contribuir se trabalharmos juntos”.
Entre os representantes da Norte Energia, estava presente Eduardo Camillo, superintendente de Relações Institucionais, Comunicação & Imprensa e Obras do Entorno, que relatou sobre o processo de saneamento feito na cidade, e sobre os problemas que a atual gestão relatou.
“Acredito piamente que são coisas pontuais que podem ser ajustadas”. Completou afirmando que “isso pode ser levantado caso a caso, mas isso não invalida o trabalho que foi feito para resolver a questão do saneamento e o investimento altíssimo para esses serviços”. E finalizou falando que “é preciso começar a cobrar (pelo sistema) porque cidade nenhuma consegue suprir um sistema de abastecimento de água sem cobrar”.
Existe um custo para que a água chegue às torneiras e nunca foi dada de graça. É preciso entender a logística do processo feito pela Cosalt. O Secretário de Planejamento, Maia Junior, que também participou da reunião, comentou sobre os problemas encontrados e possíveis soluções.
“Se existir esse acordo de cooperação e a gente montar um efetivo de fiscalização, vamos conseguir ter um controle de quem liga, de quem está ligando, qual o tipo de material que está sendo usado, se é de baixa ou boa qualidade. Não tem como cobrar da população uma água que não chega”.
E lamentou o fato da relação entre PMA e Norte Energia ter sido
desconstruída, na última gestão da prefeitura.
“Nós temos um papel fundamental e fazer um trabalho em conjunto é importante. A gente sabe que essa relação entre a Norte Energia e a PMA tem que ser próxima, porque nós vamos conviver por muitos e muitos anos nessas parcerias”, declarou o secretário.
Durante sua fala, o prefeito citou que há interesse de resolver, mas para isso é preciso resolver o problema das casas que ficaram sem as ligações serem feitas.
“Eu não terei dificuldade nenhuma, como prefeito, para defender um bom projeto, que eu acredite, que seja justo e correto. Politicamente pra mim não será nenhum problema. Mas, tem uma série de coisas que precisam ser revistas, que em juntos precisamos rever. Sobre a ideia de que água e esgoto venham a ser cobrados, eu não vejo problema, mas é preciso que a água chegue o tempo todo pra todo mundo, com qualidade. Existem ruas que já existiam e não receberam as obras. A gente não atende nem a poligonal de 2009, então hoje não tenho condições nenhuma de propor, nem para o povo da poligonal e nem outros bairros, a cobrança da água”, declarou o prefeito.
Entre os assuntos debatidos, o prefeito ressaltou a dificuldade em resolver o problema dos moradores da região da lagoa, no bairro Jardim Independente I.
“É um problema que vamos ter que resolver por questão de humanidade. Já me solicitaram uma reunião e eu não os recebi ainda porque eu não tenho nada pra dizer pra eles. Eu sei que saiu uma liminar e o promotor me chamou e pediu que a PMA montasse uma comissão de assistentes sociais, engenheiros pra fazer um levantamento das famílias, e nós fomos fazer, porque não sabemos em que condições aquilo se deu. Soube também de forma informal que o prefeito anterior fez o acordo e depois de assinar, teria voltado atrás e entrado na justiça, mas não temos informação de nada disso na procuradoria, não temos nenhum documento. E as pessoas da lagoa estão vivendo de uma forma tão indigna, que muitos que foram fazer o cadastro voltaram de lá chorando”.
E finalizou afirmando que “são vários passivos que nós (prefeitura e Norte Energia) temos e que a gente precisa olhar com muito carinho e tentar resolver. Lá tem casas em um nível alto que foram indenizadas, e famílias em casas dentro da lagoa que ficaram no local. E no período da chuva o problema aumenta”.
Por: Portal Pérola do Xingu
Fonte: Ascom/Atm
0 Comentários