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A Região do Xingu recebe incentivos para cultivar a produção do açaí

Os municípios contemplados com essa ação foram; Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e Uruará.


A Região do Xingu recebeu um reforço para o desenvolvimento da cultura do açaí com as ações do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRSX), imposição legal prevista no leilão da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Desde 2015, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) tem projetos para auxiliar produtores rurais a cultivar açaí irrigado. Pelo menos 51 famílias já foram beneficiadas em uma área de 81 hectares.

Técnico da Emater no Xingu, George Antônio Nascimento explica que os projetos foram custeados pelo Consórcio Norte Energia, responsável pela construção e operação da usina, como compensação dos impactos ambientais. Os projetos contam com a parceria da Emater.

“A região do Xingu não tem dificuldade de açaí, mas tem tradição de outras culturas como o cacau e a pecuária. Elaboramos um projeto para apreciação no PDRSX. No primeiro projeto, em 2015, foram contempladas 21 famílias em Porto de Moz, Altamira e Uruará.

Cada uma recebeu um hectare de açaí, com viveiro para plantação das mudas, implantação da cultura no campo, além do sistema de irrigação para a área. Em 2017, o foco foi na expansão da cultura do açaí irrigado.

Conseguimos atender 30 famílias e cada uma contemplada com dois hectares de açaí, totalizando 60 hectares em Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e Uruará, sendo cinco famílias em cada município”, detalha George.

A primeira produção leva em média três anos para ser colhida e algumas delas já iniciaram a colheita. O projeto utiliza três variedades do açaizeiro (BRS-Pará, BRS Ver-o-Peso, e uma variedade do Chumbinho, o Pai d'égua).


“As famílias estão satisfeitas com o projeto, houve uma melhora significativa da renda além da complementação alimentar, e isso incentivou outros produtores que não foram contemplados a nos procurar para implantar a cultura por conta própria. Todas as áreas onde foi implantado nenhuma delas foi suprimida a vegetação, eram áreas degradadas onde já havia pastagem”, destaca o técnico da Emater.

Para o produtor rural, Diego Leite Emerick, participar do projeto foi um grande acerto. “Na época já tínhamos um plantio perto de casa, os funcionários da Emater viram a nossa propriedade e ofereceram a oportunidade do projeto. Ficamos interessados e aí começou a implantação. O açaí está com dois anos, ainda não está produzindo frutos, mas seguimos a orientação direitinho e pelo tamanho das árvores, estamos super satisfeitos”, avalia.

Cada projeto tinha previsão de três anos de acompanhamento contínuo, mas com a pandemia em 2020 houve uma prorrogação para a entrega até 2022. Entre os ganhos está a quebra da resistência em relação à cultura. “Como fizemos esse projeto como unidade demonstrativa eles estão vendo e despertando para a produção do açaí, incentivando a nos procurar”, completa George.

Interessados em receber a orientação técnica e assistência devem procurar os escritórios locais da Emater nos municípios.

Por; Portal Pérola do Xingu
Fonte: Agência Pará

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