Dados do Governo do Pará revelam que a taxa de ocupação dos leitos de clínicos está em 56%. Prefeitos reclamam da logística de distribuição das vacinas na região.
O HRPT abrange toda a região do Xingu e Transamazônica, que torna a única referencia de alta complexidade de atendimentos voltado a saúde publica. |
A região do Xingu, que compreende os municípios do sudoeste do estado,
está com 100% dos leitos de UTI exclusivos para a Covid-19 ocupados nesta
quinta-feira (21). De acordo com a Secretaria de Saúde do Pará (Sespa) todos
os 10 leitos de UTI da região estão lotados. Dados da plataforma de
monitoramento da Sespa também revelam que a taxa de ocupação dos leitos
clínicos está em 56% na localidade.
No final da tarde desta quinta (21), a Sespa atualizou os dados do
portal de monitoramento, informando que a região do Xingu agora possui 52% dos
leitos clínicos e 90% dos leitos de UTI ocupados. A atualização foi feita por
volta das 17h20 da tarde.
De acordo com o governo do Pará, apenas um hospital público estadual
possui leitos de UTI para atender a região: o Hospital Regional Público da
Transamazônica, em Altamira. Além dele, o Hospital Geral de Altamira também
recebe pacientes, mas apenas em leitos clínicos.
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Segundo a Sespa, a região do Xingu compreende os municípios de Altamira, Anapú, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Porto de Moz, Senador José Porfírio,
Uruará e Vitória do Xingu. Segundo dados do IBGE, cerca de 350 mil pessoas
vivem na região.
Na média geral do estado - somando todas as regiões do Pará -, a
porcentagem de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para Covid-19 é de 65.03%.
Já os de enfermaria estão 46,05% ocupados.
O G1 solicitou nota à Sespa sobre a taxa de ocupação, mas até a última atualização dessa reportagem não obteve retorno.
Municípios têm
dificuldades de receber vacinas
Prefeitos da região do Xingu reclamam da logística de distribuição das vacinas contra a Covid-19 no Xingu. Segundo eles, a grande maioria das 5 mil doses deslocadas para a região ficaram em Altamira. Enquanto isso, municípios mais distantes receberam doses insuficientes.
"A gente fica triste pela quantidade de vacinas. Eu sei que é o início, nós temos a esperança de que, num futuro próximo, todo brasileiro tenha vacina. Mas a gente reclama dessa quantidade. No nosso município são 41 mil habitantes e temos 327 profissionais de saúde", explicou o prefeito de Porto de Moz, Rosiberg Campos.
O município recebeu apenas 140 doses da vacina contra a Covid-19,
insuficiente para imunizar a metade dos profissionais de saúde.
O governo do Pará informou que as doses do estado foram distribuídas para as 15 regionais de saúde. O órgão foi responsável em realizar o repasse dessas doses para os municípios.
Fonte:G1
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