Pesquisa recente realizada na região do Xingu identificou, aproximadamente, 2 milhões de hectares de áreas legalmente aptas para lavoura, consolidando a viabilidade do projeto
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Área portuária da Norte Energia pode ser uma alternativa como solução para o escoamento da produção da região do Xingu |
Duas empresas instaladas no
Pará estão dispostas a investir R$ 300 milhões na área do Porto Norte Energia,
localizado próximo de Belo Monte. O interesse é implantar um complexo logístico
industrial, impulsionando o desenvolvimento da região do Xingu por meio da
geração de empregos e do aumento da renda local.
O prefeito de Anapu, Luiz
Carlos do Posto (Republicanos), que concedeu entrevista na última edição do
Diário do Xingu sobre a importância da área portuária para a economia regional,
recebeu uma carta de intenções para a exploração do local na primeira semana
deste mês. “Não entra na minha cabeça não utilizar o porto aqui, gerando menos
despesas e com uma logística mais fácil.
A Norte Energia não sabe o que
fazer com ele, nós sabemos”, afirmou o prefeito. As empresas Dura Mais Armazenagem
de Grãos Ltda e Calha Norte Administração Portuária Ltda, estabelecidas em
Vitória do Xingu e Santarém, respectivamente, enviaram documentos formalizando
o interesse no investimento.
PROJETO
O projeto detalha a criação
de um complexo agroindustrial, com a instalação de indústrias voltadas ao
processamento de grãos, incluindo uma esmagadora de soja, uma destilaria de
etanol de milho e uma fábrica de ração, além da exportação de proteína animal
e grãos processados, como óleo, biodiesel e farelo de soja. O projeto contempla
ainda a importação de fertilizantes e a prestação de serviços portuários,
utilizando logística hidroviária para escoar produtos e insumos comercializados
na região, como cacau e calcário, entre outros.
O investimento total previsto
ultrapassa R$ 300 milhões, e sua implementação será estruturada em etapas,
conforme a expansão das áreas produtivas locais. A unidade de esmagamento de
soja, por exemplo, requer uma área agrícola de aproximada mente 50.000 hectares,
com capacidade para processar 150.000 toneladas por ano, resultando na produção
de cerca de 110.000 toneladas de farelo de soja e 28.000 litros de óleo de soja
anualmente.
A empresa Dura Mais Armazém tem realizado investimento milionário na Região. Confira o vídeo:
PESQUISA
Uma pesquisa recente realiza
da na região do Xingu identificou, aproximadamente, 2 milhões de hectares de
áreas legalmente aptas para lavoura, consolidando a viabilidade do projeto.
Além disso, o clima favorável permite a produção de duas safras anuais,
potencializando a Integração Lavoura-Pecuária (ILP).
Esse fator impulsiona a de
manda por subprodutos do beneficiamento de grãos, como DDG e farelo de soja,
utilizados tanto para exportação quanto na indústria de alimentação animal.
“Com o início da safra agrícola 2024/2025 previsto para abril de 2025, e diante
da inexistência de alternativas logísticas hidroviárias adequadas, torna-se
fundamental que o Porto Norte Energia seja disponibilizado para operação
imediata”, destaca um trecho do documento enviado pelas empresas. Segundo a
carta de intenções, essa estrutura garantirá escoamento e ciente da produção,
agregando valor aos produtores que, assim como os investidores, acreditam no
crescimento e na transformação da região.
A Dura Mais é pioneira e referência na região do Xingu no armazenamento, beneficiamento e comercialização de grãos e insumos agrícolas. Recentemente, a empresa ampliou seus investimentos no setor portuário, inaugurando as operações do Porto da Calha Norte, em Santarém (PA), um polo estratégico para a logística de grãos e insumos, com investimentos superiores a R$ 150 milhões. Além disso, a empresa já iniciou projetos de expansão em Vitória do Xingu, Senador José Porfírio e Porto de Moz.
Com a incorporação da área do Porto Norte Energia, a Dura Mais se consolidará
como a maior e mais importante parceira do agronegócio no Pará, promovendo
desenvolvimento sustentável e crescimento econômico para toda a região.
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