O valor de 157 milhões
de reais deverá ser aplicado em programas para minimizar os impactos do trecho
de vazão reduzida do Xingu, onde está localizada a usina.
As compensações deverão ser aplicadas nos próximos três anos |
De acordo com comunicado divulgado nesta segunda-feira pelo
órgão ambiental, Bel
o Monte aceitou “todas as medidas adicionais estabelecidas
pelo Ibama” e deverá aplicar 157 milhões de reais em programas para minimizar
os impactos do trecho de vazão reduzida do Xingu, onde está localizada a usina.
“(O acordo) permite a extensão do período de aplicação do Hidrograma de Consenso, garantindo a manutenção da capacidade energética e, ao mesmo tempo, tratando os impactos ambientais para a área”, disse o Ibama.
A Reuters havia noticiado na semana passada que a Norte Energia buscava o acordo com o instituto para manter os níveis de geração de energia no local, após o Ibama ter exigido que a usina ampliasse a vazão para o rio Xingu, citando impactos sobre ambiente e populações locais.
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O Ibama informou que as compensações previstas no acordo deverão ser realizadas
pelos próximos três anos, acrescentando que a empresa estará sujeita ao
pagamento de multa caso não cumpra as obrigações definidas.
Segundo
o instituto, estão entre as medidas acordadas com a Norte Energia a execução de
projeto experimental de alimentação e reprodução da fauna afetada, o
desenvolvimento de pesquisas e monitoramento de espécies, a recomposição da
cobertura vegetal impactada e ações de reparação às comunidades locais.
“A partir do cumprimento inicial das exigências previstas no termo, como o depósito integral dos 157 milhões de reais, a empresa será autorizada pelo instituto a iniciar a operação com as vazões estabelecidas para o Hidrograma B”, afirmou o órgão.
Antes do acordo, o Ibama vinha determinando que a usina
aplicasse neste ano um hidrograma alternativo, na prática liberando um volume
maior de água para um determinado trecho do Xingu, e não para suas turbinas, o
que prejudica a geração de energia.
A situação vinha gerando preocupação em parte do governo, e
o Ministério de Minas e Energia e
órgãos técnicos do setor se movimentaram para apoiar um acerto entre a Norte
Energia e o órgão ambiental.
O Tribunal de Contas da União (TCU)
também passou a acompanhar o assunto nos últimos dias.
Por: Portal Pérola do Xingu
Fonte: Money Times
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